domingo, 24 de junho de 2012

A corda do elefante sem corda

Já ouvi e li diversas vezes aquela frase "espero morrer no meu sono, para não sentir nada". É por isto que não me chateia nada se formos eliminados pela Espanha: sê-lo-emos durante um sono de noventa minutos, um bocejo aparentemente interminável.
E pensar que existia, quando eu era novo, uma coisa chamada a "fúria espanhola". Isto contado hoje em dia ninguém acredita. 
E Portugal? Portugal via-se à rasquinha para ganhar contra a Irlanda. Do Norte. Éramos uma selecção onde Paneira, Oceano e Rui Barros eram caras comuns da nossa equipa, às vezes lá surgia um João Pinto imberbe, o outro João Pinto ainda por lá andava, e chegar a uma competição internacional não passava de um sonho de uns quantos esperançosos.
O mundo anda do avesso.

3 comentários:

Mak, o Mau disse...

Nos últimos 16 anos, parecendo que não, somos uns privilegiados. Sempre nos grandes palcos e, salvo o pastelão de 2002 (e 98), presentes na 2ª fase das fases finais.

Conte-se o espaço entre 66 e 96 e são 30 anos com cerca de um terço de fases finais (3 contra 8). Nessa altura sim, éramos verdadeiros marginais do mainstream futebolístico.

Hipster Luke disse...

Somos privilegiados, somos. E, apesar de fazermos qualificações sofríveis, tem sido merecido.

Antes 98 que 2002. Antes não ir do que fazer aquela triste figura.
Até porque aqueles três golos do Pauleta perpetuaram o mito de que ele era bom ponta-de-lança.

Mam'Zelle Moustache disse...

Com grande pena minha, pois parece-me um post daqueles bem interessante, não vou poder comentar. Sou daquelas aves raras que só descobriram o futebol em 2004... Mas, e repito, que fico com pena, lá isso fico ;)